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POESIAS
POESIAS

 

 

 

  

  

Parte - I

 

 

AMAR

 

Quem ama demais se encanta

E a alma tonta, na dor fica;

Chorar é dor que aquebranta

Mas, às vezes, gratifica.

 

Amar é dar liberdade,

Corresponder..., custa caro;

Também é dar felicidade,

Receber..., é que é mais raro.

 

Um gosta; outro odeia

Sentimento... coisa alheia

É feliz... só “volta e meia”.

 

Amar é coisa pra gente,

Se for muito inteligente!

Ou, então é sofrer sempre.

SILVA, Valdir de Deus. O Amor em poemas. Heliópolis,

Distak, 2007.  p. 2

 

 

SOMOS FELIZES ASSIM?

 

Quem ama demais, perde a graça

A gente quer mesmo que amasse,

Mas pode vir a desgraça,

Depois que tudo se fracasse.

 

É por isso, que diante de ti,

Meu olhar sempre disfarça

Você é tudo pra mim

E não há quem desfaça!

Será que você me ama?

Quem sabe... me engana!

Mas, se você gosta muito de mim,

Ainda, mesmo assim,

Eu pediria pra nos manter

A uma certa distância,

Pra nunca se corromper.

É melhor termos ânsia

E sabermos, o amor conter.

 

É melhor sermos amigos

Morrendo de desejos e fingidos,

Pois, assim não se cansa,

Como sempre, sempre quando,

A plenitude do amor se alcança,

Perdendo, às vezes, o colorido

Ou ficando dependentes, escravos.

Amiga, assim, somos salvos,

Não amamos escondidos.

Quem usa pode abusar

Nós, não. Não vamos cansar!

É por isso que, nem ligo!

Você vive cheia de amigos

E eu fico é mais feliz.

Se fôssemos conjugados...

É... quem muito amassa,

Pode apagar a chama.

 

Somos felizes, assim...

A não ser que você me ame

Muito, muito mais...

E que em nós se instale.

É assim que se faz,

Quando o amor vira loucura

Ninguém segura:

É amor, é desejo, é demais!

 

É... poderíamos,

Mas, se ficarmos felizes,

O amor fica por um triz,

Tanta gente com ciúmes

Assim, Deus te ajude!

Aliás, ajude-nos – também a mim!

Mas... somos felizes, assim?

SILVA, Valdir de Deus. O Amor em poemas. Heliópolis,

Distak, 2007.  p. 38.

 

MOÇAS DA AMÉRICA

 

Oi, menina linda de Bis!

Quem nunca te quis?!

Sabe mesmo cuidar da estética

És uma ótima matéria-prima

Pra formar uma obra poética

Novinha como você, e com rima

Linda moça da nossa América.

 

Graças a tanta miscigenação

Você tem um tom de beleza pura

Que emociona qualquer coração,

O qual sente uma incomparável doçura.

 

São tantas circulando nas ruas

Também, umas a pé; outras, de Honda

Hora ele na garupa da moto sua

Revezando, assim fazem ronda.

 

Aquela na CG cento e vinte e cinco

Numa orelha, meia dúzia de brincos

Também faz cada coração bater

Descompassado, em apenas num minuto

O mesmo número que se pode ver

Na sua motorizada. É muito, muito!

Ta com dúvida, se consegueagüentar?

Então é melhor mesmo nem olhar!

 

Louras com, aqui e ali , algumas pintinhas

Umas, bem morenas; outras, mais clarinhas

Têm, também aquelas cor de canela

É difícil saber qual é a mais bela

Todas, todas elas são importantes

Umas, querem amar; outras, são amantes

Só mesmo em olhar... São emocionantes!

SILVA, Valdir de Deus. O Amor em poemas. Heliópolis,

Distak, 2007.  p. 20.

 

 

 

MANGUEIRA

 

Mangueira, estou doente.

Sinto uma saudade tão grande!

É do tamanho do imenso mar.

Você, você também sente,

Também lembra da gente,

Quando ela, aqui veio morar.

É, a morena foi embora...

Dá uma vontade de chorar!

 

Olha, a minha vida agora,

Amarga que só jiló.

Na gargantasinto um nó,

Só por causa daquela senhora.

 

Me ponho a falar com você,

Mas,... só a tua sombra a me envolver,

A mesma, na qual podíamos enamorar.

Amiga, tua folhagem já começa a cair.

Vez em quando, ouço você gemer,

Fica quieta, assim... só a imaginar!

É, podíamos suas mangas saborear,

Porém, nunca mais você quis botar!

 

Por mais que eu tente esconder,

Mas não, não tem jeito.

Não como mais direito

Aí é que sinto meu coração doer.

 

Por que ela foi de nós se ausentar?

Meu coração diz que vai voltar!

Mas, mangueira, já cansamos de esperar

Te protejo, pra não te ver morrer,

Já estou com a solidão a me matar,

Imagine como poderei ficar,

Se com você não puder contar!

SILVA, Valdir de Deus. O Amor em poemas. Heliópolis,

Distak, 2007.  p. 2

 

 

 

NAMORAR

 

Namorar é sentir muito prazer

Amor, eu só gosto com você;

Namorar é poder conquistar

Eu sou o seu fã, não vou negar;

Namorar é deixar alguém emocionado

Num mar de emoções, vivo afogado.

Se namora quando os dois são acariciados

Meu bem, somos voluntariamente afagados.

 

A emoção que invade o meu coração

É por saber que você sente prazer

O que faço, entre nós dois é dividido

Você me dá o máximo na hora de fazer.

 

Namorar é beijar e ser beijado

Você está me matando sufocado;

Namorar é também ficarem abraçados

Já fomos, várias vezes bem laçados;

Namorar é falar frases bem interessantes

Eu sou poeta; você minha poetisa amante.

Se namora conciliando, fazendo planejamento

Conhecendo cada um, por fora e por dentro.

SILVA, Valdir de Deus. O Amor em poemas. Heliópolis,

Distak, 2007.  p. 23.

 

 

QUERO ME EXPRESSAR MAIS

 

Palavras, aproximações

E o multicolorido das flores

Que dou, eu e meu sorriso,

Vívido, ao vivo e a cores

 

Dizemos, muito,muito,

Mas pra mim, não basta

Não sabe que te amo mais,

 Depois da primeira carta.

 

Ao anoitecer esquecemos

 Aquele mundo, lá fora

Sou um menino no colo.

 

Somos cuidados até o amanhecer

Somos o amor: eu e ela;ela e eu

Damosvida ao nosso viver.

SILVA, Valdir de Deus. O Amor em poemas. Heliópolis,

Distak, 2007.  p. 29.

 

 

A FORÇA DA POESIA

 

Nasça neste universo branco:

O amor tanto quanto,

Seu coração deseja expressar,

Em ação transforme meu pensar.

 

Que no futuro também

Possa ir muito mais além,

Se juntando a uma melodia.

Tomara que um dia

Ela faça você dançar

Com seu amor a balançar.

 

Que faça aproximar

Vocês: rapaz e moça,

Que possa lhes extasiar

Com sua invisível força.

 

Que faça as pessoas

Adentrarem nas madrugadas

Até ficarem bem cansadas

De tanto se aconchegarem,

Mas felizes, de enamorarem.

 

Seja brava como as ondas do mar,

Seja a mais forte expressão;

Mansa como a brisa seja,

Que lhe enche de gostosa emoção,

Quando suavemente lhe beija.

SILVA, Valdir de Deus. Expressão do amor. Heliópolis,

Distak, 2004.  p. 9.

 

 

 

O NASCER DA POESIA

 

A minha poesia,

Nasce todas as manhãs.

É por isso que sou fã

Do sol que traz a luz do dia,

Que aquece e ilumina

Tudo em minha volta.

 

A jovem menina

Lua também me fascina,

Por isso crio versos

Também nas madrugadas,

De manhã, a lua é matutina.

SILVA, Valdir de Deus. Expressão do amor. Heliópolis,

Distak, 2004.  p. 14.

 

 

 

MEU DESEJO

 

Queria um cenário

Feito por um artista,

Um grande, famoso...

E consagrado inventário.

E neste fantástico mundo,

De ti aproximar-me,

Aconchegar-me.

 

Queria envolver o seu corpo,

Ser bem solidário;

E injetar o desejo

De, novamente encontrar-me.

SILVA, Valdir de Deus. Expressão do amor. Heliópolis,

Distak, 2004.  p. 14.

 

 

 

 

QUEM FOMOS NÓS

 

Nunca mais te esqueci!

Por isso, esqueci de mim.

Depois do seu beijo provar,

Agora vivo a sonhar

Os momentos bons que vivi.

Agora, curto a paixão,

Aquela vontade de te amar.

 

Que rei e rainha fomos nós?

Nem construímos nosso castelo!

Agora, estou vivendo tão só,

Sem seu amor que tanto quero

Que tão pouco viveu em nós.

SILVA, Valdir de Deus. Expressão do amor. Heliópolis,

Distak, 2004.  p. 18.

 

 

 

POESIA

 

A poesia é...

A intimidade do autor,

O sentimento exposto,

O remédio que ameniza a dor.

 

A poesia é o acalento da criança,

O retrato e a expressão do amor.

 

Se canta para alegrar,

Se a canção faz identificar;

No entanto, outra faz chorar,

A lembrança quer matar.

 

Dentro de você, como em mim

Também tem uma linda poesia,

Talvez mais linda que a minha.

Só falta mesmo você recitar.

SILVA, Valdir de Deus. Expressão do amor. Heliópolis,

Distak, 2004.  p. 19.

 

 

DE PAUTA EM PAUTA

 

Quero que saia, esta poesia,

Lúcida – clara como a luz do dia.

Que a caneta o faça compreender,

Quando seu rastro alguém ler:

Um sentimento em cada verso,

De quem escreveu – o seu universo.

 

Sejam assim, as palavras escritas,

Muito mais fortes do que ditas

Para que também se possa saber

Que, quanto mais seja a pessoa

Tímida e pareça mesmo viver à toa

Pode se valer da arte de escrever.

 

Neste meu infinito branco

Que ando de pauta em pauta,

Às vezes deixo o meu pranto,

Quando um consolo me falta.

SILVA, Valdir de Deus. Páginas Comoventes. Heliópolis,

Distak, 2004.  p. 15

 

DO NADA

 

Mesmo do vazio, de uma solidão,

Do nada pode nascer

Uma poesia da imaginação.

Assim também pode

Expressar-se um coração,

Sozinho e sem alegria,

Imaginando fantasia.

 

No peito, uma dor,

Na cabeça, uma imagem

Querendo dar amor,

Sem pronunciar a mensagem,

Por não ter uma chance,

Ou mesmo por falta de coragem.

SILVA, Valdir de Deus. Expressão do amor. Heliópolis,

Distak, 2004.  p. 33

 

 

PAIXÃO

 

O amor, às vezes...

Parece cego, mudo e surdo.

Fica tão absurdo,

Que vira paixão.

 

O amor chega de mansinho,

No coração da gente entra;

Aos pouco, constrói o ninho.

Mas pra sair, arrebenta.

SILVA, Valdir de Deus. Expressão do amor. Heliópolis,

Distak, 2004.  p. 44.

 

 

INTIMIDADE

 

Tem relação amorosa

Que é mais gostosa,

Quando é proibida,

Distante, escondida.

 

Mas, e o compromisso?!

Isto é difícil--

Gera privacidade,

É falta de liberdade.

 

E intimidade...

Não só traz felicidade,

Por isto, a pessoa,

À-toa, se magoa.

 

Portanto o amor no auge

Pode denegrir a imagem,

Dependendo de como agem:

As ações e mensagens.

Às vezes elascorrói o coração

E transforma tudo em desilusão.

SILVA, Valdir de Deus. Expressão do amor. Heliópolis,

Distak, 2004.  p. 52.

 

 

NÃO SOMOS MAIS EMOCIONANTES

 

Quando vivemos a paixão,

Unimos, fomos pessoas amadas;

Emoções foram sufocadas.

Risos expressos no rosto,

Ilusões, foi aquele gosto!

Desejamos, juramos felicidade,

Amei mesmo de verdade.

 

Quando a gente se abraçava,

Uníamos tão ansiosos.

Expressava com palavras,

Repetia carinhosamente.

Indiscreto, fui decente;

Dei amor, decididamente,

Amei você tão contente.

 

Quantas lembranças boas ficaram,

Um ao outro nos entregamos –

Eu e você, pra valer desfrutamos.

Relacionávamos muito, muito bem,

Infelizmente, ninguém é de ninguém.

Desistimos, mas somos importantes,

Agora... o amor não é mais emocionante.

SILVA, Valdir de Deus. Expressão do amor. Heliópolis,

Distak, 2004.  p. 59.

 

 

NO COMPASSO DA POESIA

 

Gosto muito de escrever

Adoro papel e caneta;

Sem ler não sei viver,

Brinco e acho porreta.

 

Narro aqui, numa narração

Demoro contando meus contos;

Dou qualidades numa descrição;

Se é dissertação, argumento.

 

Porém, o que mais crio

Na vida, no meudia-a-dia

São as doces e amargas-

Minhas sensíveis poesias.

 

Falo sempre do coração

Pra dar mais animação;

Organizo com perfeição

Gosto de mostrar emoção.

 

Douos  passos no compasso

Que faço em cada verso,

Porém, no meu universo

Às vezes deixo confusão:

 

Falta alguma revelação

E não é qualquer coração

Que vê meus sentimentos

Sobre a brancura que invento

 

Sei que vão-se os meus ecos

E, duma coisa sei por certo:

Ficarão as pegadas no papel

De quando andei neste céu.

SILVA, Valdir de Deus. Mensagens Românticas.

Heliópolis, Distak, 2007.  p. 2

 

ATOR E AUTOR

 

Tem gente que grita,

Não consegue transmitir.

Outras, pouco ditam,

E faz todo mundo sentir.

 

O artista faz impressionar:

Se é ator, vive a imitar;

Mas escritor é autor,

Temdom de emocionar.

SILVA, Valdir de Deus. Mensagens Românticas.

Heliópolis, Distak,2010.  p. 16.

 

 

A POESIA

 

Escrever poesia é simples

Não é preciso se preocupar:

Criar, inventar, rimar, declamar

É só questão de querer,

De pegar na caneta e escrever.

 

Interessante!

Na poesia, tudo é verdade

Também, às vezes somos obrigados

A dar vida aos seres inanimados:

Atribuir ações aos sentimentos,

De ficção, encher o pensamento.

 

A poesia é simples, assim

Já existe clara em nossa volta,

Mas quem é insensível não nota

Também não vê, não sente, nem vive;

Não conhece ninguém, nem existe.

 

Na poesia, tudo se transforma:

O coração consegue ver,fala, abraça;

O mar, implora; as pedras até choram;

As flores alegram; nos entristecem,

Também ganham vida, os seres celestes.

 

É verdade que a poesia já está feita

Só falta mesmo é saber organizar,

Cada palavra, pra que possa emocionar;

Fica mais atraente, se tiver uma melodia,

Como nas músicas que nos alegram todo dia.

 

Na vida tudo pode ser poesia,

Se for dum jeito especial de dizer;

É através dela que podemos ver

Com outros olhos, os da imaginação,

E sentir emoção com a força da expressão.

SILVA, Valdir de Deus. Mensagens Românticas.

Heliópolis, Distak,2010.  p. 19.

 

 

É POESIA

 

A poesia...

é a intimidade do autor,

O sentimento exposto,

O remédio que ameniza a dor.

 

A poesia...

é o acalento da criança,

O retrato e a expressão do amor.

 

É, a poesia é assim -

Do jeito que você entender:

Às vezes, pode nos ferir,

Também ensina a amar.

Tem umas que nos fazem sorrir

Estas mesmas – que impressionante!

Podem fazer alguém chorar.

 

Assim é...

é a poesia

E quem primeiro rir,

Ou chora é o autor.

 

É ele quem clama,

É por isso que, comovido

Se inspira em tal hora.

E fica pra sempre seu grito,

Deixando pra o mundo escrito

Porque amanhã vai embora.

 

Também pode sufocar o peito,

De quem relembra a separação.

Outras, fazem sofrer um coração

Que deseja alguém proibido.

Aí, não tem jeito!

É a maldita tentação.

 

A poesia é...

é a poesia,

Conforme o jeito de cantar.

Ela é a alma do poeta;

criada pra sensibilizar:

Conquistar, ou reconciliar.

Cada qual percebe um juízo,

Desde que possa interpretá-la.

 

 

Pra quem chegou agora:

Pra moça e pra o rapaz,

É só fantasia, tudo é graça.

Isto, sem dúvida,

é também poesia.

Mas, se num momento

tudo se desfaz,

É porque fingiram o amor.

SILVA, Valdir de Deus. Mensagens Românticas.

Heliópolis, Distak,2010.  p. 43.

 

 

LEMBRANÇA

 

Amaste aquele homem,

Foste completa por ele,

Também ele completo por tu,

Agora aquele amor some.

 

O que farás com a lembrança

De quando uma mulher te fez?

Como se fosse umacriança,

Esqueceste aquelanudez?

 

Queixaste de quem, ofendida?

Houve aquiescência no amor.

De repente, por ele esquecida,

Sem motivo te abandonou.

 

Vá em frente. É a vida!

E amor rima com dor.

Amores, beijos e abraços

Também viram fracassos.

 

Procure outro homem,

mesmo com ele na memória.

Procure alguém que ame,

Aprenda com sua história.

SILVA, Valdir de Deus. Mensagens Românticas.

Heliópolis, Distak,2010.  p. 49.

 

EXIBIÇÃO

 

Vinha ao meu encontro

Uma jovem caminhando.

Meu olhar se deparando,

Vendo seu ventre balançando...

E fomos nos aproximando.

 

Com roupas extravagantes,

Moda atual, tão elegante.

Pele lúcida, suave, serena,

De boca linda, pequena,

Cabelos longos, melena.

 

Pensei que fosse gentil,

mas me decepcionou.

Pois, à linda moça saudei,

Mas ela nada me falou.

 

Falei quase sem forças,

Mas educadamente: “Oi, moça!”

Toc, toc, toc, ... Não reponde.

Sentindo-me magoado,

Depois de alguns passos,

Viro-me pra trás-

Coisa que, dificilmente faço.

 

Fico pensando:

“Nunca fiz-lhe mal algum!”

E aquele saracotear

Do empinado bumbum

Ficame provocando...

Segue o corpo meneando.

SILVA, Valdir de Deus. Mensagens Românticas.

Heliópolis, Distak,2010.  p. 84.

 

 

ALÉM DA JANELA

 

Esta é uma delas

Das tantas que já escrevi

Olhando através da janela

Um outro mundo que descobri

Dum jeito diferente de sentir.

Às vezes me escondonuma cela

Para avaliar o quanto é bela

Esta vida que, do criador recebi.

 

Já descrevi a comentada juventude

Flor e criança tive que rimar,

Porém, antes que me mude

Quero dizer mais, me revelar

Não quero passar para o lado de lá!

Quero falar mais sobre a felicidade

Já me dediquei contra à maldade,

Mas sozinho não posso mudar.

 

O amor traduz mesmo no se dar

Não, não tem outra solução, não!

É por isso que pra amar tem que doar

Se não for trocando não existe união

O inverso, sem dúvida, é a traição.

 

Pra sentir a diferença que dá,

O amor ao ódio tive que juntar

E, analisando vi neste último

O poder da maldita destruição.

 

Do amor já ouvi tanto falar

Eu também nem sempre entendi,

Naquele tempo nem dava pra explicar,

Mas depois, quando realmente cresci

     Vitantas maneiras de se amar,

Porém, em uma só podemos confiar

E sobre esta, um livro escrevi.

 

Vi um ancião levando um menino

É, eu vi um senil e a sua alma

Ele estava no fim do caminho

E me emocionou, ouvindo sua fala.

A minha voz diante a dele se cala

E me diz bem de mansinho,

Da sua trajetória do seu inteirinho

Ali escrevi mais uma página.

 

“Como deveria ser as experiências

Aproveitadas, mas só poucas colhem,

Só nas escolas valorizam as ciências,

Se não forem formadas ninguém acolhe.

Assim, da nação, a cultura destroem,

Enquanto modas são problemas sociais.

Só os outonos ensinam a estes animais

Até que um dia, ninguém lhe olhe.

 

Várias vezes vi meu moço galantear

Ele sempre ficava fora de mim,

Nunca parava pra avaliar a vida

Daria pra entender aquela página, sim,

Pra estudar mais o livro da vida

E, assim acaba, termina a corrida.

Como será o recomeço, depois do fim?!

SILVA, Valdir de Deus. Páginas Comoventes. Heliópolis,

Distak, 2004.  p. 1.

 

SILVA, Valdir de Deus. Páginas Comoventes. Heliópolis,

Distak, 2004.p. 4.

 

 

 

 

AMALUCADOS

 

Já parece ter vida,

Alguns seres inanimados.

Já se consegue saída,

Mesmo estando fracassado.

 

De tanto, tanto raciocinar,

Alguns estão desajuizados.

Pois, o homem cria e recria;

Deixa tanta, tanta confusão,

Coisa mesmo de amalucados,

Com tanta divergência e facção.

 

Quem foi sacrificado:

Santo, santo – consagrado –

É por muitos abandonado,

Mas o Divino não está mudado.

 

Dias-santos foram trocados,

Domingos e também sábados,

Por muitas e muitas homenagens,

Criandos tantos, tantos feriados.

 

Sinceramente, enganadamente;

Infelizmente, genéticamente;

Foi transformada a semente.

Discente está carente

E docente, sobrecarrega a mente.

 

Se tem liberdade de santidade,

Mas, algumas das divindades

Estão criando com falsidade.

Há uma diversidade pela metade,

Se tem “homem-metade” tão covarde.

 

Tanta gente que vive amontoada,

A vida, pelos outros, cronometrada.

E quando se sente por outra amada

É dela que se recebe a punhalada.

Há tanta gente vivendo rejeitada

Ahumanidade vegeta desorientada.

 

Antes se navegava sobre uma canoa,

Hoje, até o oceano virou lagoa.

No espaço tem gente que se amontoa,

Mas o infinito ninguém povoa.

 

Já fincaram uma bandeira na lua,

Tiraram um pedaço da sua face nua,

Está em pesquisa, ainda continua;

Pensam em povoá-la, fazer rua.

 

O semelhante à-toa sofre – se magoa.

Mas quando a garganta do poeta entoa,

O povo fica alegre e se desenjoa,

Porque ele deseja e canta coisa boa.

SILVA, Valdir de Deus. Páginas Comoventes. Heliópolis,

Distak, 2004.  p. 4.

 

 

ALMA DESILUDIDA

 

Sobre a areia fria, pálida na estrada,

Pisava sem rumo naquele caminho

Desiludida, minhaalma gelada:

Triste solitária – tão só, sem carinho.

 

Noutro rumo, numa senda, uma cruz

Sobre ela canta alegre um passarinho.

Tive piedade, quando meu olhar pus,

Dum semelhante, não do bichinho!

 

Volto a olhar o madeiro, não falo nada.

“Tomara que em volta dele, calada,

À noite, não ronde uma alma penada”.

 

Retomo o caminho tão desanimado,

Carrego a minha alma malfadada,

O medo e a sombra ao meu lado.

SILVA, Valdir de Deus. Páginas Comoventes. Heliópolis,

Distak, 2004.  p. 4.

 

 

A CRIANÇA É ARTISTA

 

A criança é uma artista:

Ela canta, dança, grita...

A criança sempre imita

E, sem confiança, fita –

é artista!

 

A criança é como uma rosa:

Ela é mansa e mimosa.

A criança... é misteriosa.

Mas, se alguém a alcança,

Sem conquista, é medrosa.

 

De rosto angelical,

tão amável

Início sem final,

Doamor concebível.

Quando recente animal,

é simples, amigável

Do amor, um sinal,

um ser tão afável.

 

Símbolo da inocência,

em seu alvorecer

Tempo de carência,

o mal não sabe prever.

Numa outra existência

entra ao crescer.

Inimiga do terror,

não é como a gente

Indefesa e frágil na dor,

de amor muito carente.

 

Mas até com uma flor,

dada de maneira inteligente,

Mesmo sem odor,

a conquista facilmente.

 

Digna de proteção

neste planeta já imperfeito.

É certa cada ação,

feita do seu jeito.

 

Se não a damos condição...

é nosso o defeito

Ela aprende com exemplo –

faz como viu feito.

 

Na escola precisa muitos,

muitos brinquedos:

Ora! Bola, cola,

senão ela chora.

 

Criança brinca e adora,

senão vai embora

E não aprende, e...

amanhã se arrepende.

 

Tem que aproveitar

a criança indiscreta

De mente limpa –

obediente ou sapeca.

 

Tem que com ela

brincar de boneca

Neste tempo de bonança,

onde tudo se alcança.

 

Porque a criança:

é amorosa, indiscreta;

Inocente, carente,

arisca – é inteligente.

 

SILVA, Valdir de Deus. Páginas Comoventes. Heliópolis,

Distak, 2004.p. 7.